Mulher é internada no Piauí com suspeita de Mpox; estado já confirmou 40 casos da doença
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Sexta, 27 Setembro 2024 15:02
- Escrito por Comunicação
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Uma mulher foi internada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella, em Teresina, com suspeita de mpox, conforme informou a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi). O caso está sendo investigado e exames estão em análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI), que passou a realizar os diagnósticos da doença no estado. Desde o início de 2022, o Piauí já confirmou 40 casos de mpox, também conhecida como varíola dos macacos.
A Sesapi não divulgou detalhes sobre a identidade da paciente, nem sobre seu estado de saúde ou a cidade de onde ela veio. Além desse caso, há outra suspeita sendo analisada no estado. Entre os 40 casos confirmados até o momento, 38 são de homens e dois de mulheres. Desde o início do surto, foram feitas 300 notificações no Piauí, das quais 226 foram descartadas. Não houve registros de óbitos relacionados à doença no estado.
Anteriormente chamada de varíola dos macacos, a doença recebeu o novo nome, mpox, em 2022, após um processo de consulta pública conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A mudança foi motivada pelo combate ao estigma e ao racismo associados ao nome anterior. A mpox é uma doença viral transmitida principalmente por contato direto com lesões na pele de pessoas infectadas.
Em agosto de 2024, a OMS voltou a declarar a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), após o aumento significativo de casos, especialmente na África. Desde então, autoridades de saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil, têm intensificado esforços para conter a disseminação do vírus. Só no Brasil, entre janeiro e setembro de 2024, foram registrados 1.024 casos confirmados, prováveis ou suspeitos, concentrados principalmente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Brasília.
Com mais de 14 mil casos e 524 mortes registradas mundialmente em 2024, a doença passou a ser tratada como uma ameaça global, com risco de disseminação para outros continentes. A OMS, em conjunto com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África), está coordenando ações para conter o avanço da doença.
A mpox é uma doença zoonótica, ou seja, transmitida de animais para humanos, mas a transmissão entre pessoas ocorre principalmente por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. As autoridades de saúde recomendam vigilância constante, além da colaboração da população no cumprimento das medidas preventivas para evitar novos surtos.
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA
Causa: A doença é causada pelo vírus Monkeypox. Os surtos de mpox são causados por diferentes cepas do mesmo vírus mpox chamados clados. O clado 1 está circulando na República Democrática do Congo há anos, enquanto o clado 2 foi responsável pelo surto global que começou em 2022. O surto que teve início em 2024 no leste da República Democrática do Congo é causado por uma nova ramificação do clado 1, chamada clado 1b, que causa uma doença mais grave do que o clado 2.
Transmissão: A mpox é transmitida pelo contato próximo entre animais e, desde sua mutação, entre humanos. Anteriormente, os surtos de mpox estavam relacionados principalmente à transmissão zoonótica (de animais). Agora, a doença está sendo transmitida de humano para humano, sem o envolvimento de animais. Essa nova transmissão é causada pela variante do clado 1, chamada clado 1b (o clado 1 é endêmico na República Democrática do Congo). Na província de Kivu do Sul, por exemplo, a doença começou a se espalhar em 2023 de pessoa para pessoa (exclusivamente) para várias regiões, tanto por contato sexual quanto por contato próximo, o que foi um fenômeno novo em comparação com o surto anterior.
Os principais sintomas são:
- Febre;
- Erupções cutâneas;
- Lesões na pele;
- Dor;
- Dores de cabeça;
- Ínguas;
- Calafrios;
- Exaustão.
Prevenção: A vacina ajuda a prevenir a infecção da mpox. O imunizante pode ser administrado até quatro dias depois do contato com uma pessoa que contraiu a doença. Se não houver sintomas, a vacina pode ser administrada no prazo de 14 dias.
Outra forma de prevenção é a promoção da saúde nas comunidades, compartilhando informações sobre a doença e medidas que podem ser tomadas no dia a dia para conter a transmissão da mpox, como evitar o contato físico com pessoas com suspeita de infecção ou com diagnostico confirmado.
Fonte:RevistaAZ